Esperar como quem sonha um rio a correr, um lírio aberto a ser na alvorada, um caminho, uma estrada para além-mundo. Querer no silêcio do nada o sentimento fundo Mas no sentimento fundo do som o mesmo riso, o mesmo pranto, meu ser em alvoroço vai navegando as horas, uma a uma... e as rotas que se perdem sem querer, se o mar não o quiser, há sempre o espanto e a espuma. E as mãos como gazelas, como pombas, dedilhando a guitarra com a benção da água. E o tempo a envolver-se em minhas sombras, neste amor que me amarra ao teu porto de mágoas, ao meu porto de mágoas.