Trope?avas nos astros desastrada Quase n?o t?nhamos livros em casa E a cidade n?o tinha livraria Mas os livros que em nossa vida entraram S?o como a radia??o de um corpo negro Apontando pra a expans?o do Universo Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso (E, sem d?vida, sobretudo o verso) ? o que pode lan?ar mundos no mundo. Trope?avas nos astros desastrada Sem saber que a ventura e a desventura Dessa estrada que vai do nada ao nada S?o livros e o luar contra a cultura. Os livros s?o objetos transcendentes Mas podemos am?-los do amor t?ctil Que votamos aos ma?os de cigarro Dom?-los, cultiv?-los em aqu?rios, Em estantes, gaiolas, em fogueiras Ou lan??-los pra fora das janelas (Talvez isso nos livre de lan?armo-nos) Ou o que ? muito pior por odiarmo-los Podemos simplesmente escrever um: Encher de v?s palavras muitas p?ginas E de mais confus?o as prateleiras. Trope?avas nos astros desastrada Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas